Será que o Natal é uma festa nada cristã, ou, de origem germânica-pagã? Os inimigos da fé cristã afirmam isso. Vamos a fundo, perguntamos a um que deve saber, é o Pastor Thomas Gandow, especialista em seitas.
“Todo ano somos “agraciados” pelas seitas de “proibição do Natal”, como Testemunhas de Jeová, ou os inimigos do consumismo com as estorinhas sobre a origem do Natal. Mas também os neo-pagãos querem se aproveitar para puxar a brasa para as suas sardinhas. Estas suposições nasceram durante o Terceiro Reich de Adolf Hitler, com as suas filosofias, mistificando o germanismo, tentando originar todas as tradições de Natal de raízes pagãs. Estas estorinhas sobreviveram até hoje, embora os antropólogos já tenham descartado a “síndrome de germanismo”.
Afirma-se que até as velas na árvore de Natal seriam um culto de luzes aos mortos. Na crença pagã a respeito dos mortos, as luzes serviram aos espíritos dos mortos, que vieram de visita sempre ao final de ano, para mostrar o caminho para casa. A igreja teria dado outra interpretação, simbolizando as velas à vinda de Cristo.
Só que a história mostra que o processo foi bem o inverso: Foram os nacional-socialistas da Alemanha do século passado que tentaram dar outro sentido à festa de Natal, fazendo do Natal familiar uma festa para lembrar dos tombados na guerra e dos outros mortos, depois que quase todas as famílias tinham alguém que tombou na 2ª guerra mundial.
Além disso seria difícil achar velas nas casas dos velhos germanos: o que se usava para iluminar a casa era resina, óleo de bacalhau ou sebo. Foram os mosteiros cristãos que trouxeram a vela à Alemanha. Este artigo de luxo servia no início somente ao uso nas igrejas.
Além disso seria difícil achar velas nas casas dos velhos germanos: o que se usava para iluminar a casa era resina, óleo de bacalhau ou sebo. Foram os mosteiros cristãos que trouxeram a vela à Alemanha. Este artigo de luxo servia no início somente ao uso nas igrejas.
O costume de luzes no Natal tem a sua origem na festa das luzes judaica. No candelabro de Chanuca, que tem oito braços em vez dos sete da Menora, se acende cada dia uma luz a mais até, no oitavo dia, todas as luzes estarem acesas. O candelabro deve estar num lugar visível de fora. Também as janelas são iluminadas, as portas ficam abertas e não se trabalha, mas se brinca. Estas luzes, símbolo de alegria, foram adotadas pelo cristianismo, simbolizando alegria e hospitalidade, mas também a verdade da parábola sobre a providência das cinco virgens prudentes, de não deixarem faltar o óleo para as suas lâmpadas.
Diz-se que o imperador Aureliano inventou o Natal, pois teria sido ele que, no ano de 274, colocou a data para o Natal no dia 25 de dezembro, festa do “deus de sol invicto”, a igreja teria dado a esta data outra interpretação. Também, com muita habilidade, a igreja teria colocado a festa de Natal na data do solstício do inverno. O imperador Aureliano reinou de 270 a 275 e pode-se duvidar que em apenas cinco anos de reinado ele conseguiu estabelecer no seu império uma tradição permanente de uma festa. Alguns entendidos acham que ele escolheu esta data para frustrar a festa cristã já estabelecida.
Já no ano de 155, Justino menciona a caverna e a manjedoura em Belém. Origines escreveu no ano de 248, que todo mundo em Belém, até os pagãos, poderia mostrar a caverna, onde Cristo nasceu e a manjedoura em que ele foi colocado. Foi ali que começou a lembrança festiva e um culto, que tinham o seu alicerce no relato de Lucas (Lucas 2:1) que estava ao alcance das igrejas desde o final do século 1º.
Em todo caso, a festa de Natal chegou pronto à Alemanha. Pelo menos desde o ano de 200 (em Mogúncia) se lia o Evangelho do nascimento do Salvador e comemorava-se a festa de Natal. Desde o ano de 381, por decisão de um Concílio, se comemora o Natal no dia 25 de dezembro. O Sínodo de Mogúncia, em 813, tornou Natal em uma festa geral da igreja na Alemanha, uma festa de quatro dias. E não se tomava como data a festa pagã do solstício do inverno, pelo contrário: Foi somente no ano de 940, portanto na Idade Média, que Hakon o Bom, da Suécia, transferiu a festa do solstício do inverno da segunda metade de janeiro para o dia 25 de dezembro.
É fato que o cristianismo se orientou na questão de suas festas em delimitação e aceitação de festas anteriores, mas não de festas pagãs, e sim, de festas judaicas: Assim, o sábado e a páscoa dos judeus se tornaram o domingo e a páscoa dos cristãos, ambos festas da ressurreição. Da festa das primícias, sete semanas após páscoa, surgiu a festa de pentecostes. Somente a terceira festa principal, a dos tabernáculos não entra na lista de festas cristãs. Mas entra uma outra festa judaica, que é uma festa de consagração do templo. A igreja se baseou, até na data, em trechos bíblicos que falam da consagração do templo, começando com a promessa dada a Zorobabel (Ageu 2:18) até aos livros apócrifos de Macabeus (1 Mac 4:50-59 e 2 Mac 1:18), narrando a introdução da festa judaica das luzes, “Jom Chanuca” no dia 25 do mês Kislew. O Jom Chanuca, dia da consagração, se tornou, até na data, a festa da consagração do novo templo, que não foi feito por mãos humanas, a festa do nascimento de Cristo.
Até Papai Noel entra na história para provar que a festa seria de origem pagã. Papai Noel é somente o São Nicolau que foi colocado na data de Natal. O Santo das escolas peregrinou da festa (católica) de fim das aulas e festa na igreja no dia 6 de dezembro para ser Papai Noel que traz presentes no Natal, nos lares evangélicos.
A Árvore de Natal seria uma árvore de fim do ano. Mas também aqui os estudiosos em história nos ajudam: Nos séculos 17 e 18 surgiu a árvore de Natal por preocupações pedagógicas entre os evangélicos, assim como, mais tarde a coroa de advento. Hoje se sabe, que a árvore de Natal é um requisito das apresentações de peças de Natal da época pós-reforma. Nestas apresentações, esta árvore servia para simbolizar a árvore do paraíso, mas também a árvore da cruz do Salvador. Nós, cristãos, não adoramos árvores, mas celebramos no Natal que o Senhor Jesus Cristo reabriu o paraíso restabelecendo a comunhão com Deus.
Traduzido de uma revista crista Alemã, pelo missionário Manfred Gunman a mais de 40 anos no brasil trabalhando cm dependentes quimicos
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